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Energias renováveis dominarão nova capacidade energética até 2026, diz AIE

A agência, todavia, alertou que o ritmo de crescimento da capacidade solar e eólica precisam aumentar para atingir metas globais

 

A Agência Internacional de Energia (AIE) divulgou no início deste mês de dezembro o seu relatório anual sobre o mercado de energias renováveis no mundo e trouxe algumas projeções importantes para o setor após a COP26. O documento informa que as energias renováveis devem corresponder a 95% do aumento da capacidade energética no planeta até 2026, com mais da metade deste incremento vindo da energia solar.

Em 2021, a nova capacidade energética limpa global atingirá um valor recorde pelo segundo ano consecutivo. Essas duas animadoras estatísticas surgem apesar de um aumento nos preços dos materiais para construção de painéis solares e turbinas eólicas. “As adições recordes de eletricidade renovável deste ano de 290 gigawatts são mais um sinal de que uma nova economia global de energia está emergindo”, disse o diretor executivo da AIE, Fatih Birol.

“Os altos preços das commodities e da energia que vemos hoje representam novos desafios para a indústria de energias renováveis, mas os preços elevados dos combustíveis fósseis também tornam as energias renováveis ​​ainda mais competitivas”, complementa o diretor. O relatório ainda aponta que, até 2026, a capacidade energética renovável será igual à capacidade atual vinda de combustíveis fósseis e energia nuclear.

A China tem um papel fundamental para o impulsionamento desses dados. O país possui grande parte de sua matriz energética provinda do carvão mineral, combustível fóssil mais poluente que existe, e será essencial para o processo de transição energética mundial. A potência asiática lidera o mundo em nova capacidade de energia limpa e já está quatro anos à frente de suas próprias metas em relação à infraestrutura de energia solar e eólica. 

“A China continua demonstrando seus pontos fortes em termos de energia limpa, com a expansão das energias renováveis ​​sugerindo que o país pode atingir um pico em suas emissões de CO2 bem antes de 2030″, afirmou Faith Birol.

 

Um alerta

 

Novas promessas, objetivos e metas climáticas foram definidas no último mês durante a COP26 em Glasgow, junto a políticas governamentais que impulsionaram as estatísticas do relatório e que serão responsáveis por alcançar essas metas. Apesar desses novos esforços, a AIE ainda alerta que o ritmo de crescimento de energias renováveis no mundo terá que crescer para frear as mudanças climáticas e o aquecimento global.

Segundo o documento publicado pela agência, nos próximos cinco anos, as adições médias anuais de capacidade solar e eólica precisam quase dobrar em relação às projeções atuais para atingir emissões líquidas zero até 2050, enquanto a demanda por biocombustíveis terá que quadruplicar.

 

Fonte: CNN Brasil e Reuters

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