Ministério do Meio Ambiente do país não considera mais o combustível vindo do fruto como renovável
Na última quarta-feira (22), o Ministério do Meio Ambiente da Alemanha anunciou que o país irá parar de utilizar o óleo de palma para produção de biocombustíveis até 2023. O motivo divulgado foi que o órgão considera que a produção da matéria-prima causa muitos danos ao meio ambiente e, por isso, os biocombustíveis derivados dela não podem ser considerados como renováveis.
“Para a produção de biocombustíveis, não é aceitável derrubar florestas, secar vegetações e destruir a natureza”, disse a ministra do Meio Ambiente da Alemanha, Svenja Schulze, em comunicado. Ainda em fevereiro deste ano, o país já havia anunciado que encerraria o uso do óleo de palma para fabricação de biocombustíveis, principalmente de biodiesel.
O óleo de palma tem um papel de coadjuvante na produção de biocombustíveis alemã. Segundo a Associação de Produtores de Biocombustíveis Alemã (VDB), a participação da matéria-prima é de apenas 2%. Em substituição, o país abrirá uma cota para uso mínimo de materiais residuais.
A União Europeia também já se pronunciou contrária à utilização do óleo de palma na fabricação de combustíveis. A diretiva de energia renovável do bloco afirmou que a produção da matéria-prima resulta em desmatamento excessivo e não origina um combustível renovável.
Uma exportadora da Malásia, país com uma das maiores produções de óleo de palma no mundo ao lado da Indonésia, entrou com um pedido junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) para examinar a postura da União Europeia. A organização aceitou o pedido que afirma que a medida é discriminatória.
Fonte: G1 e biodiesel magazine
