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ANP confirma 957 milhões de litros de biodiesel vendidos para 1° bimestre de 2022

Volume representa a primeira leva de negociações diretas entre produtores e distribuidores após o fim dos leilões

 

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou, nesta terça-feira (4), o volume de biodiesel arrematado pelas distribuidoras para o primeiro bimestre de 2022. O montante registrado pela agência foi de 957 milhões de litros de biodiesel, que abastecerão o mercado nos meses de janeiro e fevereiro de 2022.

Esse biodiesel será o primeiro que entrará no mercado a partir da negociação direta entre produtores e distribuidores. De 2005 ao fim de 2021, o biodiesel no Brasil era comercializado em leilões públicos organizados pela própria ANP. O primeiro resultado deste novo modelo de negociação ficou abaixo do registrado nos leilões de 2021 que também contaram com a mistura em 10%. Em abril, o L79 comercializou pouco mais de 1,050 bilhão de litros de biodiesel, quase 100 milhões de litros e 9,7% acima do bimestre atual. Na sequência, o L80 registrou 1,102 bilhão de litros – 145 milhões de litros e cerca de 15% acima – e, por fim, o L82, último leilão de 2021, negociou mais de 1,072 bilhão de litros – 115 milhões de litros e 12% a mais.

A ANP ainda precisou corrigir o resultado das negociações para o primeiro bimestre. A própria agência havia publicado que cerca de 1,3 bilhão de litros de biodiesel tinham sido comercializados, mas um erro nos dados enviados por um produtor e um distribuidor alavancaram o número em mais de 300 milhões de litros. Segundo a apuração do Poder360, o erro estava nos dados da Cereal Comércio Exportação e Representação Agropecuária S.A, que tem capacidade de contratação de cerca de 35 mil metros cúbicos, mas na relação divulgada pela ANP foram contratados 339,8 mil metros cúbicos de biodiesel.

“Nós esperávamos que a ANP fizesse uma análise crítica do resultado antes de divulgar. Eles divulgaram sem essa análise”, disse Julio Cesar Minelli, diretor superintendente da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), sobre o equívoco cometido pela agência.

Apesar de tudo, Minelli considerou o resultado como um sinal de que o novo modelo de negociação funciona e conseguirá atender o mercado. “Ficamos entre 3% e 4% acima da expectativa de demanda desse bimestre, na comparação com o mesmo de 2021. Foi um resultado positivo”, afirmou.

Em relação a meta da ANP, o resultado foi ainda melhor. A agência havia estipulado como objetivo comercializar 703 milhões de litros neste primeiro bimestre de 2022. Com o resultado consolidado de 957 milhões de litros, a meta foi superada em mais de 36%.

 

Fonte: Poder360

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