Apesar dos sucessivos cortes na mistura, produção do biocombustível cresce pelo quinto ano consecutivo
O ano de 2021 definitivamente não foi fácil para o setor de biodiesel. Todavia, a categoria pode comemorar um resultado razoavelmente positivo, apesar de todos os obstáculos enfrentados. O setor fechou o ano com uma produção total de 6,76 bilhões de litros de biodiesel, o melhor resultado da história do país.
O montante representou um aumento de 5,1% em comparação com a produção de 2020, ou 326,4 milhões de litros de biodiesel. Esse fato fez com que a produção de biodiesel nacional fechasse o quinto ano consecutivo com crescimento, apesar de ter registrado o menor crescimento percentual do período. Em 2016, o país amargou uma queda de 3,5% na produção em comparação com o ano anterior. A partir daí, o biodiesel brasileiro cresceu 12,8% em 2017, 24,7% em 18, 10,3% em 2019, 9% em 2020 e 5,1% em 21.
A performance mostra a resiliência da categoria no Brasil, uma vez que enfrentou sucessivas reduções na porcentagem obrigatória de biodiesel ao longo do ano. 2021 estava programado para ser o ano do B13, que chegou até a estrear no segundo bimestre do ano, como previsto. Entretanto, a partir de maio, a mistura nunca mais voltou aos 13% programados. O 3° e 4° bimestres tiveram 10% de mistura obrigatória, seguidos de um breve respiro no 5° bimestre com a porcentagem subindo para 12%, porém, logo na sequência, voltou ao B10 para fechar o ano. Todas essas reduções feitas pelo governo federal tiveram como justificativa a alta no preço internacional da soja, o que aumentaria o preço do biodiesel e, consecutivamente, o preço do diesel B nas bombas. Essas inesperadas reduções obviamente frustraram o setor, que previa uma produção muito maior para o ano.
Fonte: Biodiesel BR