Em cúpula sobre o clima, grupo reconhece a importância de energias renováveis para mitigar mudanças climáticas
O G20 se reuniu na última semana para discutir os desafios das mudanças climáticas no mundo. Quem representou os países do grupo foram seus respectivos ministros de energia e meio ambiente. Em nota divulgada após o encontro, na última sexta-feira (23), os países membros enfatizaram seu compromisso com a transição energética, que consiste em trocar combustíveis fósseis por renováveis, e com a mitigação das mudanças climáticas.
“Os impactos das mudanças climáticas já foram experimentados em todo o mundo, demonstrando a necessidade de implementação de ações de adaptação”, aponta o texto. A nota ainda ressalta que todos os países membros estão comprometidos com o Acordo de Paris e que concordam que a transição energética pós-pandemia é uma ferramenta para o crescimento socioeconômico rápido e inclusivo.
“Reafirmamos nosso compromisso em reduzir as emissões no setor de energia e nós prometemos fazer isso ainda mais por meio da cooperação no uso e disseminação de tecnologias limpas”, disse o grupo.
O G20 ainda apontou duas questões importantes que terão a atenção do grupo nos próximos anos: o uso de carvão por Rússia e China e a assistência a países em desenvolvimento.
O carvão mineral é um combustível fóssil e o mais poluente entre esse grupo, o que justifica a preocupação do grupo. Os dois países asiáticos possuem uma quantidade considerável de carvão mineral em sua matriz energética. A Rússia retira cerca de 16% de sua energia do carvão, já a China, possui 65% de sua matriz energética com origem no carvão mineral, porcentagem quase duas vezes maior que a da matriz energética mundial.
“Os países do G20 concordam em ajuda aumentada para países em desenvolvimento para que ninguém fique para trás”, afirmou a nota do G20. Os países em desenvolvimento são considerados peça chave na transição energética e na tentativa de frear as mudanças climáticas. O próprio acordo de Paris, o qual o G20 reafirmou seu compromisso na nota divulgada, prevê o fornecimento de US$ 100 bilhões por ano para ajuda aos países em desenvolvimento.
Fonte: Estado de Minas e Época Negócios