Atualmente, 25% da matriz de transportes do país é composta por combustíveis renováveis e é a mais limpa do mundo, segundo secretário do MME.
Na última semana, o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), José Mauro Coelho, participou de uma entrevista no programa A Voz do Brasil, da Rádio Nacional. Nesse programa, o secretário respondeu perguntas sobre a matriz de combustíveis nacional e o programa Combustível do Futuro, lançado em abril deste ano pelo Ministério do qual faz parte.
Na entrevista, José Mauro Coelho explicou que o programa lançado pelo MME é essencial para alavancar os biocombustíveis no Brasil. O Combustível do Futuro irá realizar a integração de várias políticas públicas dos setores de combustíveis e automotivo, como o RenovaBio, o programa nacional de emissões veiculares e o Rota 2030.
Além disso, o secretário informou que o setor automotivo terá grande participação nesse processo de substituição energética para a diminuição de emissões da categoria e, consequentemente, a melhoria do ar que respiramos. “Nós já estamos mantendo conversas com a indústria automotiva, montadoras e associações, como a Associação de Engenharia Automotiva, para continuar desenvolvendo essa tecnologia veicular nacional que privilegia a utilização de biocombustíveis.”, disse o integrante do MME.
Em busca de ampliar a participação dos combustíveis renováveis, o programa Combustível do Futuro irá estimular a produção, pesquisa e consumo desses combustíveis. Dentre as medidas do programa, novos tipos de biocombustíveis para transporte de carga serão desenvolvidos. Além do biodiesel, que já é uma realidade no país, segundo o secretário, a produção de diesel verde, biometano, gás provindo da decomposição de matéria orgânica, e diesel de coprocessamento poderão virar alternativas para o setor no futuro.
O programa ainda incentivará o uso de biocombustíveis em outros tipos de transporte. O setor aquaviário e o setor aéreo também fazem parte do projeto de descarbonização do governo federal. Navios poderão utilizar combustíveis semelhantes aos do transporte de carga terrestre e aviões terão o bioquerosene de aviação (BioQav) como opção.
Ademais, o secretário afirmou que o Brasil é líder na questão de combustíveis renováveis no mundo. O país hoje possui 25% de sua matriz de transportes composta por combustíveis renováveis, contando com 13% de biodiesel misturado no diesel fóssil e 27% de etanol na gasolina comum. “Com nossa política nacional de biocombustíveis, o RenovaBio, e também com o programa Combustível do Futuro, as nossas expectativas são que nós cheguemos em 2030 com uma participação de 30%. Isso é único no mundo.”, complementou José Mauro.
O secretário, ainda, reiterou a importância e o potencial do Brasil no mercado mundial de combustíveis renováveis. “Eu diria que, não só temos potencial, como já lideramos o mercado mundial de biocombustíveis”, pontuou. Hoje, a produção nacional de biocombustíveis já é a segunda maior do mundo e a de etanol de cana-de-açúcar, a maior do planeta.
Fonte: Agência Brasil