A partir de janeiro, o biocombustível será comercializado diretamente entre produtores e distribuidores
2022 vai se aproximando e o setor do biodiesel se movimenta para ajustar todos os detalhes para uma mudança histórica na forma de negociação do biocombustível no país. Depois de mais de 15 anos, os leilões públicos de biodiesel foram encerrados pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), para que, a partir de janeiro, o biocombustível seja comercializado diretamente entre produtores e distribuidores. Para que essa transição aconteça da melhor forma, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vem, vagarosamente, se movendo para preparar o mercado para o novo modelo.
A novidade da semana são as metas de contratação para os 4 primeiros meses de 2022, quando o novo modelo será testado na prática. Segundo os dados divulgados pela ANP na última sexta-feira (12), as distribuidoras terão que contratar, no primeiro bimestre, 915 milhões de litros de biodiesel e, nos 2 meses seguintes, 1,165 bilhão de litros. Para as usinas, as metas são de 951,7 milhões de litros para janeiro e fevereiro e 1,115 bilhão de litros para março e abril.
De acordo com as informações publicadas pela agência, esses volumes levam em consideração a volta do B13 em janeiro e a implementação, como previsto, do B14 em março.
O governo ainda tem muito trabalho até janeiro. O setor produtivo do biodiesel vem reclamando que ainda falta muito para que o setor tenha plena segurança de mercado e jurídica nesse novo modelo. Havia pedidos de, inclusive, adiamento do fim dos leilões para que o governo tivesse mais tempo para preparar o mercado para a mudança.
Fonte: Biodiesel BR