Montadora testará biodiesel feito de óleo de cozinha usado e gorduras de microalgas durante campeonato de 2022
*Imagem de capa – Divulgação: Mazda*
A Mazda inscreveu um Demio, modelo da montadora, movido a biodiesel na última etapa da Super Taikyu Series, um dos principais campeonatos de automobilismo do Japão. O carro disputou a etapa de Okayama nos dias 13 e 14 de novembro. O carro deve correr a temporada de 2022 inteira com o novo combustível.
A montadora japonesa registrou o carro na classe ST-Q, uma modalidade extra-campeonato destinada a veículos experimentais. Os testes feitos nesta etapa foram em relação a um novo tipo de biodiesel, feito a partir de óleo de cozinha usado e gorduras retiradas de microalgas.
Os motores à diesel modernos ainda não funcionam com óleo de cozinha, porque, no sistema de injeção common-rail (o padrão no processo de queima do motor a diesel), este componente poderia obstruir os injetores, a bomba de combustível ou a rampa de alimentação devido ao alto nível de pressão. É por conta disso que a fabricante vem testando componentes mais leves como gorduras de microalgas e óleo vegetal usado — a Mazda também ressalta que não há riscos de que o biodiesel venha a competir com produtos envolvidos na cadeia de suprimento de alimentos.
Em agosto de 2020, a Mazda testou uma mistura de biodiesel com uma porcentagem maior de diesel fóssil e os resultados mostraram que não houve diferença de desempenho entre o combustível convencional e o alternativo.
Parcerias
Tanto nos testes feitos em 2020 quanto agora, a Mazda foi apoiada pela Euglena, empresa especializada na produção de biocombustíveis a partir de fontes renováveis. A companhia já possui, inclusive, testes para alimentação de aviões particulares com esse tipo de combustível. Além da fabricante do biodiesel, a montadora japonesa teve o suporte da prefeitura de Hiroshima para a inscrição do Demio na Super Taikyu Series. Esse suporte vem por meio do projeto Your Green Fuel, que visa estabelecer um modelo para revitalizar a economia regional, retendo toda a cadeia de valor de combustível neutro em carbono, desde sua fabricação e fornecimento de matérias-primas até o uso cotidiano na cidade.
Fonte: Olhar Digital