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Pesquisa sul-coreana usa insetos para produzir biodiesel

Larva de mosca seria capaz de converter resíduos alimentares em matéria-prima para o combustível

 

Um grupo de pesquisadores das universidades de Dongguk e Sejong na Coreia do Sul está estudando a capacidade da larva da mosca soldado-negro em produzir biodiesel. Parece bastante estranho, mas existe uma explicação. A pesquisa está desenvolvendo um sistema no qual as larvas se alimentam de resíduos alimentares e geram gorduras, que poderiam ser usadas na produção do biocombustível.

Essa espécie de larva é capaz de se alimentar desse tipo de lixo e acumular uma grande quantidade de gordura em seus tecidos. Caso a pesquisa seja bem sucedida em desenvolver um método proveitoso, uma nova fonte, hoje pouco utilizada, poderia ser aproveitada para produção de biodiesel.

O estudo começou em 2018 e é apoiado por órgãos sul-coreanos, como a K-Petro (Autoridade de Qualidade e Distribuição de Petróleo) e o Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais do país. 

O projeto tem potencial de sanar alguns problemas relacionados aos resíduos que são o alimento das larvas. Segundo o governo do país asiático, são produzidos cerca de 5,5 milhões de toneladas de resíduos alimentares no país anualmente. Esse montante gera um custo de 708 milhões de dólares americanos para descarte e tratamento. Além disso, ainda possui um alto custo ambiental: sua decomposição libera 8,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera.

Como forma de comparação, o Brasil descarta mais de 30 milhões de toneladas de alimentos todos os anos. No total, nosso país acumula 37 milhões de toneladas de lixo orgânico por ano, do qual apenas 1% é reaproveitado de alguma forma, seja como adubo, gás combustível ou energia. Esses dados mostram que a pesquisa tem um grande potencial de ser uma solução em duas frentes: produção de combustível e mais uma forma de lidar de maneira sustentável com resíduos orgânicos.

 

Fonte: Biodiesel BR, Embrapa e ASSEMAE

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